TÉCNICAS DE MONITORAÇÃO DOS SINTOMAS
Segundo Rangé (2001), as técnicas principais para monitoração dos sintomas são:
• Mapeamento da vida
Ajudar o paciente a identificar o curso de sua doença, caracterizando suas fases de mania e depressão. Ajudá-lo a identificar possíveis fatores de estresse e acontecimentos importantes, facilitar a identificação dos estados de humor e a discriminação dos comportamentos normais da doença. O mapa também permite avaliar a eficácia dos tratamentos recebidos.
• Folha de resumo dos sintomas
Tem por objetivo aumentar a consciência do paciente a respeito das flutuações de humor, permitindo detecção precoce de recaídas, prevenindo uma internação e ajudando o paciente e sua família a discriminar se determinado comportamento é saudável ou não.
Discutir por que os sintomas precisam ser detectados precocemente, perguntar ao paciente e a família como ele é normalmente, como é sua personalidade e rever como ele sente seus sintomas na fase de mania e depressão.
• Gráfico do humor
Procura aguçar a percepção do paciente sobre suas mudanças diárias de humor, pensamento e comportamento, identificar sintomas subsindrômicos e tomar iniciativas de contacto com a equipe de saúde caso seja necessário.
• Afetivograma
A cada consulta, o terapeuta preenche qual o estado do humor, se aconteceram eventos vitais, dados sobre o tratamento (litemia e outros exames laboratoriais), permitindo uma visão ampla da evolução do paciente. É extremamente necessário principalmente em cicladores rápidos, pois diante da rapidez com as fases alternam o médico e os terapeutas perdem o controle do que já foi feito.
-Farmacologia
O MEDICAMENTO É NECESSÁRIO PARA O TRATAMENTO DO TRANSTORNO BIPOLAR
Conforme os autores pesquisados todos são unânimes em se fazer uma relação de que a estabilidade dos pacientes que adquirem o transtorno de personalidade bipolar é de que haja uma interação medicamentosa em conjunto com a psicoterapia e uma psicoeducação.
O resultado de uma pesquisa empírica de Kapczinskie (2005), nos revela que existem vários tratamentos baseados em ensaios clínicos randomizados para o tratamento das diversas fases do transtorno bipolar. Com o melhor nível de evidência 10 disponível, ou seja, revisões sistemáticas de mais de um ensaio clínico randomizado
ou, pelo menos, um ensaio clínico randomizado, observam-se as seguintes recomendações:
• A mania aguda pode ser tratada com lítio, valproato, carbamazepina, e antipsicóticos;
• A depressão bipolar pode ser tratada com antidepressivos (com risco aumentado de virada para mania), com lamotrigina e a associação fluoxetina/ olanzapina e;
• A manutenção do transtorno bipolar pode ser realizada com lítio, valproato, carbamazepina e olanzapina.